O Código Chinês

O Fantástico, programa da Rede Globo, exibiu uma série chamada O Código Chinês, em um dos episódios, traz à tona, como a China vem se consolidando como potência global e deixa cada dia mais para trás as marcas de um país de pobreza e se transforma rapidamente em referência tecnológica. Em especial nas áreas de cidades inteligentes, monitoramento, tecnologia automotiva e superaplicativos.

A evolução tecnológica da China não modernizou apenas o país internamente, mas também projeta a China como uma referência em inovação global, que rompe esteriótipos do passado e exibe um avanço consistente em múltiplas frentes tecnológicas.

Uma dessas frentes é a elevação do acesso - e também da exportação - de carros ao longo da última década para sua população, que foi possível através da combinação de alta tecnologia, qualidade de produto e acessibilidade do setor nos últimos anos.

As Cidades Inteligentes tem como base uma vigilância em massa, que é possível através de um vasto sistema de câmeras com tecnologia de reconhecimento facial que monitoram cidadãos em ambiente públicos, sejam eles ambientes abertos como ruas, parques e outros, como espaços internos/fechados. Com essa rede é possível criar uma malha quase total de fiscalização urbana, apoiada por grandes empresas e pelo Estado Chinês.

Cada cidadão chinês utiliza um Superaplicativo, que vai além da vida social e detém do controle de diversos âmbitos da vida de uma pessoa física, como comunicação, pagamentos, serviços públicos e acompanhamento de consumo. Os superapps, como são conhecidos, monitoram hábitos, deslocamentos e comportamentos dos usuários em tempo real.

Esbarrar com um robô na rua está cada dia mais "fácil" de acontecer do "outro lado do mundo", pois é por meio de robôs e drones que acontece a segurança automatizada em áreas públicas, com o intuito de auxiliar na gestão urbana e reforçar a presença de tecnologia no cotidiano das pessoas.

Todas as tecnologias implementadas vem junto do discurso dos benefícios da segurança... Mas em que ponto a segurança passa a ser controle? O acesso e uso de dados pessoais, aliado a um sistema de pontuação social pode limitar o ir e vir de pessoas ou criar uma cultura de autocensura?

A questão de segurança fica para traz quando questiona-se a eficiência do sistema versus a liberdade da população. Será que os ganhos compensam as perdas de privacidade? Qual será o equilíbrio entre aliar tecnologia e segurança atrelada aos direitos civis?

Esta reportagem mostra a potência que a China se tornou através de pesquisa e tecnologia emergente e não há como negar que ela cresce cada dia mais, nos mais variados setores. E ao mesmo tempo liga o alerta para a sociedade global, que caminha para um futuro cada dia mais digital, sobre liberdade, privacidade e principalmente direitos civis. Link da reportagem: https://globoplay.globo.com/v/13849342/