As Pessoas Líderes sabem trabalhar com a Geração Z?
- Jéssika
- 27 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de abr.
A Geração Z já chegou ao mercado de trabalho e, com ela, uma nova forma de enxergar carreira, propósito e qualidade de vida. Mas será que as pessoas gestoras, muitas vezes de gerações anteriores, vão ter paciência para entender esse novo perfil?

A verdade é que estamos falando de jovens que cresceram em um mundo hiperconectado, onde tudo é rápido, acessível e personalizado. Eles não enxergam sentido em processos burocráticos, hierarquias engessadas e uma cultura corporativa que prioriza a quantidade de horas trabalhadas em vez da qualidade do que é entregue. E isso pode ser um grande desafio para lideranças acostumadas a um modelo mais tradicional, onde paciência significa esperar que o profissional "se adapte ao sistema" – e não o contrário.
O ponto é que a Geração Z não quer só um salário no final do mês. Eles buscam ambientes que valorizem diversidade, saúde mental e, principalmente, um equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Para muitas lideranças, isso pode parecer "mimimi" ou falta de comprometimento, mas na realidade, é uma nova forma de encarar o trabalho. Essa geração não tem medo de trocar de emprego se sentir que não está sendo valorizada ou que o ambiente não faz sentido para seus valores.
E isso coloca uma pressão extra sobre as empresas e gestores, que antes estavam acostumados com profissionais que aceitavam condições menos flexíveis por medo de ficarem desempregados. Agora, quem não souber se adaptar pode acabar lidando com uma rotatividade muito maior do que gostaria.

Mas será que é só a Geração Z que precisa de compreensão? Afinal, as lideranças também foram moldadas por outra realidade e, muitas vezes, carregam décadas de experiência no mercado. Nem sempre é fácil entender uma geração que aprendeu a se comunicar com memes, que prefere um áudio no WhatsApp a um e-mail formal e que não vê problema em discutir um projeto enquanto trabalha de moletom no home office. A paciência, nesse caso, precisa ser uma via de mão dupla: tanto gestores precisam entender a nova mentalidade dos mais jovens, quanto a Geração Z precisa reconhecer que algumas regras e estruturas existem por um motivo e que há muito o que aprender com quem já tem mais tempo de estrada.
No fim das contas, paciência pode não ser bem a palavra certa. O que precisa existir de fato é adaptação. As lideranças que enxergarem o potencial da Geração Z, ouvirem suas demandas e ajustarem a cultura corporativa sem abrir mão da produtividade vão sair na frente. Por outro lado, os jovens profissionais que souberem equilibrar suas expectativas com a realidade do mercado vão ter mais sucesso em construir carreiras sólidas e satisfatórias.

O futuro do trabalho não é sobre quem tem mais paciência, mas sobre quem está disposto a evoluir junto com as mudanças.
Comments